3 de setembro de 2010

eco terapêutico.

Há um batuque dentro de mim que não se cala jamais
Que por vezes transita num tempo hiato a beira do esquecimento
mas que renasce em formas, rítmos e cores apaixonadas, 
Deliciosas.
É som que aperta e acelera as batidas dos músculos:
o que pulsa do lado esquerdo do seio, dos que comandam
o movimento de braços e pernas ...
É pegada gingada, cheia de improviso, de espontaneidade
Transbordante de saudade, de muita saudade.
Saudade do que é meu, do que não renego.
É a força invisível do sangue quente
Que surpreende o próprio corpo da dona da pele branca.
e o batuque vem no compasso de pertencimento,
de história livre, descomplicada e feliz.
Vem pra provar a involuntariedade da alma
que retorna sempre para o seu lugar em forma de lembranças,
No sorriso dos lábios de neguinha,
no calor que desacerta a respiração
e arremete-se involuntariamente em lágrimas
Evidenciando que eu sou do nordeste e de mais ninguém!
que eu existo lá e perpetuo-me baiana aqui, 
Em cada espaço de mim.
   


Maracatu Bloco de Pedra - SP

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