4 de setembro de 2010

enfileirando um dia atrás do outro.

{Sensações incompletas e doloridas em forma de medo 
são as piores ‘deixas’ daquilo que passou. A impressão 
é de que os caminhões de mudança esquecem-se sempre 
dos detalhes mais importantes à beira do caminho.
ERA PRA TER LEVADO TUDO!”, reclama. 
O que foi perdido deixa um vazio de desconfiança 
e na casa nova não há espaço na estante para bibelô incongruente.}


{Por isso, retorna pelo meio do caminho reconhecendo o que já foi seu 
com urgência em encontrar a praia mais próxima e lançar fora 
cada pedaço de tristeza.}


A questão é: por que raios me coloco outra vez 
sob os mesmos trilhos [aparentemente] descontinuados? 
Parte da resposta conheço e a outra parte calo como é costumeiro. 
Agito-me e aquieto-me numa constante irregular, custando a desembrulhar os pacotes 
e arrumar os espaços vazios (é preciso fazê-lo, mas a bagunça ainda é tolerável).


{O avarandado da casa nova e o clima bom completa o convite. 
“Se as colunas forem boas cabe até uma rede lá”, deseja.
... ela hesita. Vai orar, vai esperar.}

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