7 de agosto de 2011

coragem, o cão covarde.



Assombro
O amor assusta porque ao nascer já anuncia: posso acabar. Pior: o amor do outro 
pode acabar. Ou nada disso: pode a vida e o dia e as horas serem mais fortes que
qualquer impulso, e o que era um-mais-um torna-se um a um. E o que resta é cada 
um levando como pode o que pulsa em si.
O amor é ter a perder.
Ou não ter nada. É tudo e todo o medo e todos os perigos. Ou nada e paz. Ou nada.
O amor que nasce é assustadoramente amor. O amor que segue sozinho é 
assustadoramente só. Não há meio-termo porque o que o amor quer é coragem, o 
amor quer entrega, o amor sempre quer. Nem sempre é harmonia, nem sempre 
delicadeza. Mas sempre amor. Até não mais. E isso demora.
É maior que nós, o amor. Faz sombra e assusta. Até que se veja dele o seu 
verdadeiro tamanho. A sombra do amor assusta. Até que se entenda que ela é 
sombra e só.
O amor nos pede a escolha: ser do tamanho do medo ou da coragem.
c.Guerra
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Filha,
Dias atrás ouvindo uma musica popular brasileira, ouvi esta linda e poetica frase:
"Ah coração, se apronta pra recomeçar! Ah coração, esquece esse medo de amar de novo!"
Pois é. A vida é um eterno recomeçar e jamais deveriamos ter medo de amar "outra vez".
Beijos,
Papi

{sinto medo pai, confesso.}

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